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  • Foto do escritorRichard Klevenhusen

A crise brasileira é grave, mas vai passar.


A FGV anunciou este mês o retorno da economia brasileira ao patamar pré-crise apenas em 2020.

Vai demorar, será a retomada mais lenta após a crise do Plano Collor em 1990, porém tenho uma visão otimista do Brasil que encontraremos a partir de 2020.

Apesar da grave crise política, econômica e social, o Brasil caminha em "linha torta" para uma melhoria.

No âmbito político, estamos assistindo provavelmente a um dos maiores escândalos políticos da história do Brasil. Graças à tecnologia, delações premiadas e empenho do MP, o modelo político brasileiro está sendo revelado para a população brasileira. Como disse o Ministro do STF, Luiz Roberto Barroso, "será muito difícil que empresários e políticos queiram perpetuar o modelo de corrupção até então vigente no Brasil". Não acredito que a corrupção será extinta no Brasil, mas nunca mais será no patamar do início da operação Lava-jato. Empresários e políticos "renomados" estão sendo presos, algo até então impensável no Brasil. Inclusive uma parte do dinheiro desviado já retornou para os cofres públicos.

A economia brasileira sinaliza um crescimento no PIB de 1,5%, superior a 2017, após 2 anos negativos ( 2015 e 2016 ) e um IPCA de 4,11% em 2018. Os itens que mais afetaram o IPCA este ano foram Luz e Combustíveis, justamente os produtos controlados pelo governo, que tiveram seus preços "congelados" em 2013/14. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mantém a expectativa de crescimento do comércio varejista para 2018. A previsão, revisada após os dados de abril da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE, aponta alta de 5,0% no varejo ampliado. O setor de serviços foi o único que apresentou uma retração, pois apresenta uma maior dificuldade em se recuperar da recessão. Diante do cenário, a CNC revisou as expectativas de variação do volume de receitas do setor para este ano de -0,9% para -1,3%. Este cenário é visível nos salões de beleza, por exemplo, que pela primeira vez em 25 anos sentiram a crise no seu faturamento. A maior queda foi na revenda de produtos, que em alguns salões chegou a 25%, mas retoma lentamente o seu crescimento.

E o desemprego ? Temos mais de 13 milhões de desempregados no Brasil. Precisamos incentivar a geração de empregos. A reforma trabalhista chegou tarde, mas chegou. O PIB positivo, aos poucos, ajudará na criação de novos postos de trabalho.

A falta de dinheiro dos governos agravou a situação da segurança pública nos estados. Educação e saúde continuam agonizando. A queda na corrupção provavelmente dará um pouco de fôlego aos governos. Estamos em ano de eleição e se queremos mudar o rumo da economia e política, precisamos eleger aqueles que realmente estão comprometidos com o futuro do país. É uma oportunidade que temos apenas a cada 4 anos.

Não será fácil sairmos desta crise, mas o caminho, apesar de sofrido, é para a prosperidade.

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