Nunca foi tão fácil ter a sua própria marca de cosmético.
- Richard Klevenhusen
- há 5 dias
- 3 min de leitura

Nos apaixonamos todos os dias por lançamentos que prometem cabelos mais sedosos, peles mais radiantes e uma beleza quase mágica ao alcance de um frasco. A indústria cosmética brasileira nunca esteve tão vibrante — novas marcas surgem aos montes, com embalagens encantadoras, fragrâncias envolventes e nomes sedutores. Mas, entre a estética e a eficácia, há um ponto que não pode ser ignorado: o que realmente estamos colocando na nossa pele ou no cabelo?
Por trás das promessas e fórmulas “milagrosas”, existe uma realidade pouco falada — muitas marcas compartilham os mesmos laboratórios, as mesmas fórmulas ( às vezes sem saber ) e, em alguns casos, até os mesmos ativos. É o chamado modelo terceirizado de produção, uma prática comum no setor, mas que merece nosso olhar atento. Nos últimos anos surgiram várias empresas "terceiristas", algumas delas, infelizmente, sem ética. Você já reparou na quantidade de influencers com marca própria ?
Neste universo de prateleiras abarrotadas, a verdadeira sofisticação está na informação. Uma mulher consciente não escolhe apenas pelo cheiro ou pela embalagem: ela lê o rótulo, busca a ciência por trás da beleza e entende que preço baixo demais pode sair caro para sua saúde e autoestima.
Leia a composição. Desconfie de promessas exageradas. Pergunte-se: essa fórmula foi pensada para minha pele? Ela tem testes dermatológicos? Há transparência sobre quem a desenvolveu? Mais do que um gesto de cuidado, isso é um ato de amor-próprio.
Ser exigente com o que colocamos sobre o corpo é tão importante quanto com o que colocamos dentro dele. A beleza do futuro é inteligente, ética, sustentável e — acima de tudo — verdadeira.
A seguir, reunimos dicas fundamentais para quem deseja fazer escolhas mais conscientes na prateleira.
1. Leia o rótulo com atenção
Antes de qualquer coisa, o consumidor deve observar a lista de ingredientes (também chamada de INCI). A ordem dos componentes segue uma regra: são listados do maior para o menor em concentração. Isso significa que os primeiros ingredientes representam a maior parte do produto.
Além disso, é essencial verificar a data de validade e se o produto possui registro ou notificação na ANVISA. Esse número comprova que passou por avaliação sanitária.
2. Desconfie de promessas milagrosas
Frases como “cura acne em 1 dia”, “rejuvenesce instantaneamente” ou “100% natural, sem conservantes” devem ser vistas com cautela. Produtos cosméticos têm limites legais sobre o que podem prometer. Alegações exageradas podem mascarar a real função ou eficácia do produto.
3. Saiba quem está por trás da marca
É comum que marcas terceirizadas não tenham laboratório próprio. Isso não é um problema por si só, mas há diferença entre empresas que apenas compram uma fórmula pronta e aquelas que investem em testes, personalização e inovação, mesmo terceirizando a produção.
Pesquisar a história da marca pode revelar muito sobre a sua seriedade e compromisso com o consumidor.
4. Exija comprovação científica
Produtos que afirmam ter efeitos antienvelhecimento, clareadores ou para pele sensível devem apresentar testes clínicos ou dermatológicos que comprovem sua eficácia e segurança. Muitas marcas sérias divulgam esses dados de forma transparente em seus sites ou embalagens.
5. Escolha produtos indicados para seu tipo de pele ou cabelo
Produtos “genéricos”, que afirmam servir para qualquer tipo de pele ou cabelo, podem não oferecer os benefícios esperados. Quem tem pele oleosa, acneica, sensível ou cabelos com química deve buscar produtos específicos e testados para essas condições.
6. Preço muito baixo pode ser um alerta
Cosméticos com preços muito abaixo da média podem conter matéria-prima de baixa qualidade ou ativos em concentração mínima. Isso não significa que só produtos caros são bons — mas um preço muito baixo deve levar à investigação mais cuidadosa.
7. Valorize marcas transparentes
Empresas confiáveis geralmente informam com clareza:
Onde o produto é fabricado;
Quem desenvolveu a fórmula (cosmetólogo, farmacêutico, etc.);
Quais testes foram realizados;
Se o produto é vegano, cruelty-free ou possui certificações.
Em um cenário onde aparência, marketing e embalagens muitas vezes falam mais alto que a fórmula, o consumidor que sabe ler e interpretar um rótulo tem mais chances de fazer escolhas seguras e inteligentes.
Nós acreditamos na beleza que cuida, que informa e que respeita. E você?
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