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Trump impõe tarifa de 50% sobre produtos brasileiros: o que isso significa para o mercado de cosméticos

  • Foto do escritor: Richard Klevenhusen
    Richard Klevenhusen
  • 11 de jul.
  • 2 min de leitura
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A recente decisão do ex-presidente americano Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, sacudiu o comércio exterior e acendeu o alerta entre exportadores de diversos setores, inclusive o de cosméticos. A medida, que entra em vigor a partir de 1º de agosto, pode mudar as estratégias de empresas brasileiras com atuação nos Estados Unidos e provocar realocações de mercado.


Apesar de o setor de cosméticos não estar entre os mais visados pela nova política protecionista americana, empresas brasileiras que vendem para os EUA sentirão os efeitos de imediato. A tarifa tornará os produtos significativamente mais caros para os consumidores americanos, comprometendo a competitividade das marcas nacionais em um dos maiores mercados de beleza do mundo.

Com margens pressionadas, a tendência é que muitas companhias reduzam seus volumes de exportação ou redirecionem os esforços para outros mercados, como a Europa, Ásia ou América Latina. A medida pode afetar inclusive a cadeia produtiva, especialmente nas empresas que mantêm linhas específicas voltadas ao comércio internacional.


Para o consumidor brasileiro, o impacto será praticamente imperceptível. Como a medida incide sobre produtos exportados, não há influência direta nos preços praticados dentro do Brasil, tampouco no abastecimento do varejo nacional.

O setor de beleza brasileiro é altamente autossuficiente e consolidado no consumo doméstico. Portanto, mesmo que haja ajustes na produção, é improvável que isso afete negativamente o consumidor final.


O governo brasileiro já anunciou que poderá responder com medidas equivalentes, incluindo uma tarifa de 50% sobre produtos importados dos Estados Unidos. Essa possível escalada comercial reacende o temor de uma guerra tarifária, que poderia afetar setores mais sensíveis da economia e comprometer acordos bilaterais.

Apesar disso, analistas avaliam que o impacto macroeconômico da medida de Trump será moderado, uma vez que os Estados Unidos não são o principal destino das exportações brasileiras de cosméticos. Ainda assim, a decisão coloca o Brasil em um novo cenário de incertezas no comércio internacional, em pleno ano eleitoral nos EUA.


A imposição da tarifa representa um desafio para empresas brasileiras exportadoras, especialmente aquelas do setor de cosméticos com presença no mercado americano. Porém, o mercado interno, que é o grande motor do setor no Brasil, deve seguir estável. O maior risco, agora, é político: uma escalada tarifária que comprometa o ambiente de negócios e afaste investimentos internacionais.


Números do setor


  • R$ 136 bilhões: Faturamento do setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos no Brasil em 2024

  • +30 países: Destino das exportações brasileiras de cosméticos

  • Estados Unidos: Representam cerca de 10% das exportações do setor


Fonte: ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos)


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